Um dia quente. Os raios do Sol invadem minha janela. Meu corpo, cansado, repousa meio ao fulgor desta luz. A brisa ligeira e mecânica do ventilador refresca meus pensamentos, trazendo o calor desta manhã. Não um calor qualquer, mas aquele causado por um encontro e deste um simples sorriso. Meu coração palpitante expulsa a inspiração que a muito estava adormecida. Minha mente divaga sobre sentimentos existentes. A crença do subjetivo falseia.
Caminho pelas alamedas e vejo vultos, olho rostos, sorrisos. Nenhum se assemelha ao desejado. O silêncio, inevitável, faz-me ouvir as gargalhadas de meu subconsciente causando um arrepio. Tenho devaneios, imagino o improvável e durmo.
Os dias passam. O tempo não apaga da memória o calor de seu sorriso. Tento esquecer aquele dia, mas minha mente vadia e traiçoeira revive, em sonhos e delírios, cada segundo. Tento apagar-te com o esquecimento, mas fora marcado com fogo por momentos solenes. Trouxe-me de volta a inspiração, a vida. Palavras nunca usadas são abusadas. Busco o calor de um novo dia, vibro com a ânsia de um novo encontro e me perco na amargura da noite.
As portas se abrem. As alamedas ficam cheias de pessoas. Fito cada ser, tento encontrar-te, mas é
Arrasto meu corpo para o sepulcro. Minha mão está pesada, mas une forças para a escrita. As palavras tentam juntar os estilhaços de meu coração. Adormeço meio a livros, canetas e cadernos.
O subconsciente falseia vejo-me andando por ruas escuras, nadando por mares revoltos, dormindo em camas maculadas e esperando-te para ter-te bem perto. Rindo dos dramas da vida, sonhando com beijos profundos, ocultando feridas antigas e nascendo para um novo mundo.
POR ANA CAROLINA
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